segunda-feira, 19 de abril de 2010

Manoel Assumpção a voz das causas populares

           
Os artigos escritos na imprensa da cidade após o período dos interventores e da Segunda Guerra mundial, 45/46, em defesa de uma sociedade mais justa, humana e com melhor distribuição da renda nacional, tinham sempre a mesma assinatura, Manoel Assumpção Ribeiro.

Nas suas lutas e propostas para a sociedade, Assumpção encontrava no Partido Comunista Brasileiro a inspiração e teoria para impulsionar sua bandeira e torná-la vibrante em defesa das classes trabalhadoras.

Assumpção era o cérebro, corpo e alma de uma corrente que se instalou no início dos anos cinquenta em São João da Boa Vista, a Liga de Emancipação Nacional-núcleo local.

Manoel Assumpção, cujas palavras procuravam definir a essência do movimento, descrevia o nacionalismo como o “sentimento patriótico sadio”, e não aceitava as patriotadas demagógicas.

A “Frente” e a “Liga” conseguiram um grande trunfo com sua luta pela aprovação da Lei Federal de número 2.004, que viria a criar a empresa brasileira Petrobras.

Ao comentar como foi formado o núcleo de São João da Boa Vista, Manoel Assumpção testemunhava: “A Liga de Emancipação Nacional da cidade foi constituída por homens de alto espírito nacionalista, como Hélio Lombardi Aguiar, Gervásio dos Santos, José Trafani, Miguel Jorge Nicolau, Aléxis Hakin, Durval Nicolau, Wilson Gomes, José Lopes, Felipe Morgabel, José de Paula Gião, José Tiburcio, Jamil Gebara, Augusto Nascimento Pinto, Rozario Mazzi e Jasson Andrade, além de outros que não recordo no momento”.

Quando perguntado sobre a tendência ideológica dos integrantes do grupo, Assumpção respondia: “Nem todos tinham o perfil ideológico de esquerda, e integrantes conservadores de São João não aderiram ao movimento porque os udenistas da cidade são reacionários demais, e preferem deixar o Brasil cair nas mãos estrangeiras do que defender os interesses da pátria”.

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