quinta-feira, 29 de abril de 2010

O "petróleo é nosso" em São João

       
As torres que simbolizavam, na década de 50, o desejo e a posição dos brasileiros envolvidos com a questão da Petrobras, em defender que a exploração das reservas petrolíferas por empresa nacional e impedir que fosse aberta totalmente ao capital externo.

E levaram muitos grupos, partidos e a própria UNE a disseminarem pelo país réplicas de torres de ferro que foram instaladas nos grandes centros, como a capital paulista e a carioca.

Esse um dos acontecimentos que chamou a atenção da opinião pública e da imprensa nacional naqueles idos tempos. E São João mais uma vez demonstrou a intensidade política de seus moradores há quase 60 anos.

Hélio Lombardi de Aguiar, um nacionalista de plantão, durante a noite ia construindo a torre em partes, até conseguir unir todos os blocos e com ajuda do grupo instalar a maior torre de todas na Praça Joaquim José, a principal da cidade.
 
O grupo era comandado pelo socialista Manoel Assumpção. Assim Hélio Aguiar de comportamento pacífico e aparente tranquilidade construiu com ajuda de poucos a imensa torre com mais de 12 metros que simbolizava a defesa do patrimônio da nação.

A Torre que foi instalada naquela época foi construída pelo grupo de políticos ligados aos nacionalistas, integralistas e comunistas. E arquitetada por um homem de convicções claras e que tinha habilidade para erguer uma torre de dimensões maior que as de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Toda de ferro em sua estrutura diferente das outras que tinham até papelão como material utilizado para sua construção. Assim um sanjoanense foi construindo a maior torre de petróleo do país simbolizando a nacionalização da Petrobras. Soberania nacional.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Crimes dos agentes estatais não foram perdoados

O julgamento da revisão da Lei da Anistia acontece hoje no STF e saberemos se o Brasil continuará com essa mancha em sua história, ou se as leis internacionais serão respeitadas.

O STF pode rejeitar e dar o perdão, aprovado pelo próprio Estado contra os seus crimes, o que não é admitido pela Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.

A Lei de Anistia absolveu apenas crimes políticos ocorridos entre 1961 e 1979 e não pode servir para impedir a punição de torturadores.

Especialistas em direito declaram e defendem que uma leitura técnica do texto da Lei não permite que ela seja aplicada para perdoar crimes comuns.

Nesse período houve registros de crimes, como tortura, sequestro e assassinato, estupros, ocultação de cadáveres, cometidos por agentes estatais durante a Ditadura Militar (1964-1985).  

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tonhão Ventania, o militante mais antigo


Antonio José dos Santos, o Tonhão Ventania, relata o que acontecia nos anos 40 quando ele e seu irmão Benedito dos Santos, o Dito Ventania, pegavam na bola, mostravam uma condição atlética impressionante, naquela época preparação física no futebol profissional não era tão eficiente como nos dias de hoje, imagine no futebol amador.

Tonhão Ventânia, comunista, era funcionário da Fiatece, maior empresa da época na cidade, de repente uma ameaça de paralisar a produção, pois a empresa não tinha energia suficiente para gerar força elétrica para que os teares da indústria têxtil funcionassem.

Depois de muitas reuniões, os lideres da empresa não tiveram dúvida, vamos sabotar a central de distribuidora de energia, e forçar a mudança para que a distribuição de energia para empresas tivesse uma rede exclusiva.

A prioridade era as geradoras montadas para as fazendas e havia um desvio da rede de energia para beneficiar as propriedades rurais, além da antipatia que causava o crescimento da Fiatece, sem contar que a comparação dos salários dos trabalhadores da empresa era muito maior que os trabalhadores rurais, que além de tudo não tinham os direitos conquistados pelos trabalhadores da indústria têxtil instalada a beira do rio Jaguari-Mirim.

Com a possibilidade de mudar a empresa de cidade vários trabalhadores ligados a partidos da cidade arquitetaram uma ação. Vamos provocar a instalação de um novo gerador de energia da rede elétrica da cidade. À noite Tonhão bolou um plano, já que a preferência é para fazendeiros, vamos interromper tudo.

E assim foi feito, as fazendas recebiam muito mais energia que as empresas, e a Fiatece era que consumia mais que todas as propriedades rurais, pois nas propriedades rurais não tinha chagado ainda os equipamentos e nem a modernidade da mecanização no campo.

Naquela época a Fiatece empregava perto de 100 funcionários, e havia a ameaça de fechar as portas, Tonhão não teve dúvida depois de algumas reuniões, junto com uns amigos, provocou em curto a central de energia elétrica.

Sedes de fazendas não tinham energia, outros prédios da cidade também, a companhia elétrica da época mandou instalar novos geradores. O que gerava energia para a Fiatece acabava de ganhar um potente reator.

Passadas algumas semanas, novos teares foram recuperados e novos instalados, que triplicou a capacidade da empresa, passando de 120 funcionários para 800 em pouco tempo.

Tonhão Ventania rápido com um vento comemorava a vitória, e mais uma vez deixava os perplexos os udenistas atônitos com sua ação. Depois do golpe um dos procurados pelos vigilantes era Tonhão, o ponta-esquerda rápido que chegava a frente de seus marcadores. Tonhão, 91 anos é o filiado mais antigo do PCdoB de São João.

domingo, 25 de abril de 2010

Os trabalhadores rurais produzem o que você come


Em um país de tamanho continental, a distribuição das terras continua revelando esta concentração, pois, do total de estabelecimentos agropecuários, 84,4% (4.367.502) são estabelecimentos familiares, sendo os restantes 15,6% (807.587) empresariais.

Empresas nacionais e internacionais ocupam 75,7% de toda a área, enquanto os 84,4% dos estabelecimentos familiares ocupam apenas 24.3% da área. Apenas 15 mil estabelecimentos com mais de 2.500 hectares apropriaram-se de 98 milhões de hectares das terras brasileiras.

O agronegócio quer concentrar a totalidade da produção dos alimentos em nosso país. Mas, na realidade, quem coloca a comida na mesa do povo brasileiro é a agricultura camponesa e familiar, responsável pela produção de 87% da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 58% do leite, 59% dos suínos e 50% das aves.
A reforma agrária tem por objetivos principais:
a) Eliminar a pobreza no meio rural.
b) Combater a desigualdade social e a degradação da natureza que tem suas raízes na estrutura de propriedade e de produção no campo;
c) Garantir trabalho para todas pessoas, combinando com distribuição de renda.
d) Garantir a soberania alimentar de toda população brasileira, produzindo alimentos de qualidade, desenvolvendo os mercados locais.
e) Garantir condições de participação igualitária das mulheres que vivem no campo,em todas as atividades, em especial no acesso a terra, na produção, e na gestão de todas as atividades, buscando superar a opressão histórica imposto às mulheres, especialmente no meio rural.
f) Preservar a biodiversidade vegetal, animal e cultural que existem em todas as regiões do Brasil, que formam nossos biomas.
g) Garantir condições de melhoria de vida para todas as pessoas e acesso a todas oportunidades de trabalho, renda, educação e lazer, estimulando a permanência no meio rural, em especial a juventude.

O agronegócio quer se fazer passar também como responsável pela geração dos empregos no campo. Os dados do Censo agropecuário desmentem este discurso. Mostram que 74,4% do pessoal ocupado no campo vive nas pequenas propriedades, são 12 milhões e trezentas mil pessoas.

Só 25,6% é empregado nas grandes propriedades, quatro milhões e duzentas mil pessoas. Na agricultura camponesa, em cada 100 hectares, trabalham 15 pessoas. No agronegócio, cada 100 hectares empregam apenas duas pessoas.

Não se pode protelar mais a realização de uma profunda Reforma Agrária em nosso país, entendida como a reconquista dos territórios camponeses violentamente tomados pela colonização e pelo avanço do capital e a conquista de novos territórios, respeitando a diversidade, a cultura, a religiosidade, as etnias dos povos dos diferentes biomas brasileiros.

O Movimento dos trabalhadores rurais tem como dia de luta instituído em 17 de abril pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líder dos tucanos, que assinou um decreto que de forma legal marca o dia como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Ou seja, é um direito lutar pela Reforma Agrária neste país. Isso é legal.

sábado, 24 de abril de 2010

Os governos demotucanos não valorizam os professores que ensinam seus filhos


Os professores de São Paulo decidiram na última assembleia realizada em 8/04, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, suspender a greve da categoria que já durava um mês.

Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), a decisão aconteceu porque a Secretaria de Estado da Educação aceitou negociar com a categoria a partir da próxima semana.

O sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino reivindica um aumento de 34,3% para a categoria, entre outros benefícios.

Após as negociações com o secretário Paulo Renato Souza (PSDB), os professores e professoras farão um nova assembleia na outra semana, onde deverá discuir o futuro da categoria no dia 7 de maio.
 
O PCdoB de São João apóia o movimento e as reinvidicações dos professores, e convoca todos os filiados ligados as escolas estaduais para explicarem para os pais dos alunos como são tratados os professores pelo governo tucano em São Paulo.

Pagu indignada no palanque

     

     Pagu
     Interpretação de Maria Rita
     Letra e música de Rita Lee e Zélia Ducan

PCdoB de São João apóia a luta pela valorização dos trabalhadores públicos


No 1º Encontro Nacional de Trabalhadores dos Serviços Públicos, realizado em São Paulo, de 16 a 18 de abril, os trabalhadores e trabalhadoras das esferas municipais, estaduais e federal, iniciaram suas atividades com uma plenária para discussão e votação do relatório com o plano de luta da categoria.

Neste período de encerramento das atividades, os trabalhadores e trabalhadoras reunidos discutiram importantes assuntos que pautarão os rumos da luta da categoria para o fortalecimento do estado e valorização dos trabalhadores de serviços públicos. Os debates tiveram como tema os projetos apresentados pelos grupos de trabalho compostos por profissionais das três esferas.

Dentre as propostas apresentadas estão à defesa do concurso para contratação nos órgãos públicos, a luta contra a PEC 233, que versa sobre a reforma tributária e a efetivação de um plano de luta em prol da aposentadoria integral, tanto para os trabalhadores públicos e privados.

Apesar de o encontro ser voltado apenas para os trabalhadores e trabalhadoras dos serviços públicos, a inclusão da luta pela aposentadoria dos privados acontece por conta que a categoria busca um pagamento justo e humanitário aos aposentados, independente de setor, cargo ou função trabalhada, pois todos já deram suas respectivas contribuições para o desenvolvimento do Brasil.

Os planos de luta apresentados no encontro foram aprovadas por unanimidade e as propostas não podem ser lançadas apenas para a CTB nacional, as conquistas da categoria deve ter a participação, fundamental, das CTBs estaduais.

Ficou definido durante o encontro, por aclamação, que o nome servidor seja substituído por trabalhador público. O objetivo desta proposta é a de desmistificar a cultura que, se alonga desde os tempos feudais, onde o servidor é aquele que serve o seu senhor.

Em pleno século XXI, diversas lutas trabalhistas já foram conquistadas, contudo uma simples palavra é capaz de arremeter negativamente essa bela história da classe trabalhadora.

Na foto Wagner Gomes, presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, ao encerrar o encontro ante a presença de centenas de representantes das entidades dos trabalhadores públicos de todo o país.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ainda temos um longo caminho pela frente

        

    Um país mais justo e com menos desigualdades sociais

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A hora do trabalhador

     
Estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontam que a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salário gerará mais de 2 milhões de novos empregos diretos.

A redução da jornada de trabalho, além de proporcionar novos empregos diretos, proporcionará maior qualidade de vida para o trabalhador e seus familiares, combaterá o número abusivo de horas extras e estimulará a capacitação profissional.

Outro fator que o levantamento apresenta é que a jornada de trabalho extrapola ás 44 horas oficiais, se contar o deslocamento da residência para o local de trabalho, com o gasto em média de mais de duas horas, além de cumprir horas extras que são obrigados a realizar sob pena de demissão.

Outro item que foi aprovado na Câmara dos Deputados referente a PEC das 40 horas é o aumento da hora extra de 50% para 75% da remuneração.

A redução da carga horária de trabalho, que é uma das maiores da América Latina, contribui também para diminuir o número de acidentes de trabalho; redução de doenças como a LER - lesões por esforço repetitivo.

E ainda sobrar tempo para estudos, qualificação profissional, lazer, convivência em família, entre outros tantos benefícios para a classe trabalhadora.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A todos os velhos e aos novos também



Vermelhou. PCdoB de São João
Aos velhos comunistas e aos novos de São João e do país.  

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Manoel Assumpção a voz das causas populares

           
Os artigos escritos na imprensa da cidade após o período dos interventores e da Segunda Guerra mundial, 45/46, em defesa de uma sociedade mais justa, humana e com melhor distribuição da renda nacional, tinham sempre a mesma assinatura, Manoel Assumpção Ribeiro.

Nas suas lutas e propostas para a sociedade, Assumpção encontrava no Partido Comunista Brasileiro a inspiração e teoria para impulsionar sua bandeira e torná-la vibrante em defesa das classes trabalhadoras.

Assumpção era o cérebro, corpo e alma de uma corrente que se instalou no início dos anos cinquenta em São João da Boa Vista, a Liga de Emancipação Nacional-núcleo local.

Manoel Assumpção, cujas palavras procuravam definir a essência do movimento, descrevia o nacionalismo como o “sentimento patriótico sadio”, e não aceitava as patriotadas demagógicas.

A “Frente” e a “Liga” conseguiram um grande trunfo com sua luta pela aprovação da Lei Federal de número 2.004, que viria a criar a empresa brasileira Petrobras.

Ao comentar como foi formado o núcleo de São João da Boa Vista, Manoel Assumpção testemunhava: “A Liga de Emancipação Nacional da cidade foi constituída por homens de alto espírito nacionalista, como Hélio Lombardi Aguiar, Gervásio dos Santos, José Trafani, Miguel Jorge Nicolau, Aléxis Hakin, Durval Nicolau, Wilson Gomes, José Lopes, Felipe Morgabel, José de Paula Gião, José Tiburcio, Jamil Gebara, Augusto Nascimento Pinto, Rozario Mazzi e Jasson Andrade, além de outros que não recordo no momento”.

Quando perguntado sobre a tendência ideológica dos integrantes do grupo, Assumpção respondia: “Nem todos tinham o perfil ideológico de esquerda, e integrantes conservadores de São João não aderiram ao movimento porque os udenistas da cidade são reacionários demais, e preferem deixar o Brasil cair nas mãos estrangeiras do que defender os interesses da pátria”.

domingo, 18 de abril de 2010

Simplesmente Pagu, a "moscouzinha sanjoanense"

        
As restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946.

Sempre existiu o preconceito, a tribuna política, tradicionalmente vista como local de debates arraigados de valores patriarcais tem sido aos poucos, conquistado pelas mulheres.

Mas, uma sanjoanense contrariava os preconceitos daqueles tempos militante do ideal e uma das mulheres mais inteligentes e audaciosas do século XX, Patrícia Rehder Galvão, nascida em São João da Boa Vista, ou simplesmente Pagu como era também conhecida.

Pagu desafiava a todos os tradicionalistas que condenavam uma mulher participando da vida política. Seus talentos começaram aflorar cedo, praticamente aos 12 anos, época do grande marco cultural brasileiro.

Atuante na Semana de Arte Moderna do movimento modernista, que protestava contra o domínio cultural e artístico estrangeiro, principalmente europeu que se alastrava no Brasil.

Sem desistir da luta e de seus ideais, começou a viajar pelo mundo como correspondente dos jornais “Correio da Manhã”, “Diário de Notícias” e “A Noite”. Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos Pagu é presa.
 
Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil .Pagu esteve no DPOS pelos anos 50, a delegacia já funcionava desde 1924.
 
O Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) foi o órgão do governo brasileiro criado durante o Estado Novo, cujo objetivo era controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder.
 
No livro “A Moscouzinha brasileira”, cenários e personagens do cotidiano operário de Santos (1930 - 1954), é retratado um conflito em Santos em 1931 que contou com a participação de Pagu e continha no enredo a morte de um ensacador do porto de Santos.

O dinamismo, sua dedicação a cultura, a defesa de seus ideais mostraram aos incrédulos machistas que a uma mulher poderia e pode participar da vida política.

E a partir de 1946, todas as mulheres de todos os estilos de vida e personalidade, sejam da Pagu, a “Moscouzinha” sanjoanense, até a pacata dona de casa, passaram a ter direitos eleitorais iguais aos homens.

sábado, 17 de abril de 2010

Tá no jeito de olhar

 

  Veja um pouco de São João da Boa Vista

Blog do PCdoB de São João da Boa Vista-SP



BLOG EM CONSTRUÇÃO

AGUARDEM!!!!!